AW-609685338 FORSALE : HISTÓRIA DAS FEIRAS LIVRES

terça-feira, 21 de novembro de 2017

HISTÓRIA DAS FEIRAS LIVRES

Resultado de imagem para feira livreAs Feiras representam um fenômeno sociocultural e econômico proveniente dos aglomerados de pessoas e barracas, donde são comercializados diversos tipos de produtos nas ruas (alimentos, roupas, sapatos, acessórios de casa, artesanato, etc.), com o intuito de oferecer mercadorias a preços mais baixos.









Origem e Desevolvimento das Feiras

Sua origem é incerta, embora os historiadores afirmem a presença desse evento social desde 500 a.C., em algumas civilizações antigas, tal qual a fenícia, grega, romana, árabe.
Mais adiante, no fim da Idade Média (entre os séculos XI e XIV), os burgos (cidade medievais amuralhadas) representaram o local de origem das feiras medievais, de forma que se desenvolveram a partir da intensificação do comércio a partir do século XI, e mais adiante com o surgimento da burguesia e do crescimento demográfico. Note que, anteriormente, os burgos representavam os centros religiosos e militares, propriedades dos senhores feudais.
Diante disso, as feiras foram se desenvolvendo sendo que esse fenômeno existe até os dias de hoje, em todas as partes do mundo. Nesse ínterim, observe que mesmo com o aparecimento das lojas, supermercados e shoppings, as feiras permanecem colorindo as pequenas e grandes cidades do mundo, reafirmando uma das mais antigas tradições do homem.
O termo “feira”, deriva do latim “feria” e significa, dia santo, feriado ou dia de descanso, posto que os comerciantes, preocupados em vender o excedente da produção, se reuniam próximo das Igrejas aos domingos (dia do senhor) para comercializar seus produtos, já que eram os locais que apresentavam o maior fluxo de pessoas.

Feiras Medievais
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As feiras medievais surgiram com o declínio do sistema feudal na Idade Média e o desenvolvimento dos burgos, nome dada as cidades medievais que, anteriormente pertenciam aos senhores feudais e, com o passar do tempo e o surgimento de uma nova classe social, a burguesia, elas foram se desenvolvendo durante o período denominado de Renascimento.

A partir da decadência do sistema feudal, a Europa passava por diversas transformações sociais, culturais, econômicas e políticas. O renascimento comercial-urbano, intensificado pelas Cruzadas, abertura do Mar Mediterrâneo, introdução da moeda (base de troca) e o surgimento de novas rotas marítimo-comerciais, sobretudo das especiarias do provindas do Oriente, foram as principais características do início da Era Moderna, além da visão Humanista que despontava na Europa a partir do século XIV.

Com efeito, o final da Idade Média (denominada pelos Humanistas de “Idade das Trevas”, em relação ao obscurantismo da época), a visão Teocêntrica (Deus no centro do Universo) foi substituída pela visão Antropocêntrica (homem no centro do mundo), despertando assim, uma nova mentalidade na população européia.
De tal modo, o sistema feudal, baseado sobretudo na troca, foi substituído pela comercialização dos produtos, posto que o excedente de produção dos feudos, que cada vez mais sofriam com a fuga dos trabalhadores, passaram a servir para venda.
Esses locais destinados à comercialização dos produtos dentro dos burgos, eram denominadas de “feiras livres”, donde os mais variados produtos eram expostos à venda. Entre as principais feiras medievais estão a de Champagne, na França e a de Flandres, na Bélgica.
Diante disso, com o crescimento demográfico e o êxodo rural para os burgos (cidades medievais), o comércio foi intensificado (pela criação das guildas e corporações de ofício) e consolidado (sistema capitalista primitivo), bem como fez surgir uma nova classe social, preocupadas com o lucro e a participação política: a burguesia.
Com efeito, as feiras livres foram se tornando um importante canal de distribuição comercial bem como uma forma de comunicação popular, sendo caracterizada pelo encontro periódico de pessoas as quais se reuniam em algum lugar pré-determinado da cidade (burgos), com o intuito de vender seus produtos à população ou mesmo realizar trocas.

Tipos de Feiras

Com o passar do tempo, o conceito “Feira” se expandiu e atualmente existem diversos tipos de feiras espalhadas pelo mundo, por exemplo, as feiras temáticas:
Feira de Antiguidades
Feira de Animais
Feira Orgânica
Feira de Vinhos
Feira Hippie
Feira de Negócios
Feira Literária

Feiras no Brasil

No Brasil, as feiras existem desde o tempo da colonização, evento social que promoveu o desenvolvimento da economia interna do país. Atualmente, é muito comum nas cidades brasileiras as feiras serem realizadas uma vez por semana em locais pré-determinados.
Entre as maiores e mais tradicionais feiras do país, merecem destaques: a maior feira livre do Brasil e da América Latina chamada “Ver-o-Peso”, que ocorre desde o século XVII, na cidade de Belém, Pará; e, a Feira de Caruaru, em Pernambuco, uma das maiores feiras ao ar livre do Brasil, iniciada no final do século XVIII. Ambas foram consideradas de grande importância histórica, e por isso, indicadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), patrimônio imaterial do Brasil.

Feira Livre em São Paulo

Resultado de imagem para historia da feira livreAs feiras livres funcionam no Município de São Paulo desde meados do século XVII, haja vista a ocorrência de uma certa oficialização para venda, em 1687, de "gêneros de terra, hortaliça e peixe, no Terreiro da Misericórdia".

No início do século XVIII, nota-se a distinção entre alguns ramos de comércio: aparecem as lojas ou vendas, onde se comprovam fazendas (tecidos) e gêneros alimentícios não perecíveis, e as quitandas, que ofereciam verduras e legumes.

Em fins do século XVIII e começo do século XIX, estruturam-se as feiras fora da cidade, nos locais de pouso de tropas, ou um início de mercado caipira e a Feira de Pilatos, no Campo da Luz, estabelecida pelo então Governador Melo Castro de Mendonça.

Essa primeira existência é a que mais se assemelha às feiras de nossos dias. Em 1914, foi criada a Feira Livre por meio do ato do Prefeito Washington Luiz P. de Souza, não como projeto novo, mas sim como o reconhecimento oficial de algo que já existia, tradicionalmente, na cidade de São Paulo.

A primeira Feira Livre oficial, realizada a título de experiência, contou com a presença de 26 feirantes e teve lugar no Largo General Osório. A segunda realizou-se no Largo do Arouche, com 116 feirantes, e a terceira foi no Largo Morais de Barros.

Em 1915, elas somavam um total de 7 feiras, sendo duas no Arouche, duas no Largo General Osório e as demais no Largo Morais de Barros, Largo São Paulo e na Rua São Domingos.

Nas feiras livres de São Paulo já é tradição encerrar as compras comendo um belo pastel com caldo de cana, caso isso não seja feito, a sua feira não foi completa!
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