
Hoje não conseguimos nos imaginar vivendo numa cidade sem saneamento básico, mas no Brasil - colônia parecia não se dar tanta importância para esse assunto.
ONDE ERAM FEITAS A NECESSIDADES FISIOLÓGICAS?


O banho era apreciado pelos índios e escravos, que lavavam o corpo inteiro nos rios diariamente, ao contrário dos demais brasileiros que praticamente lavavam somente os pés, devido ao bicho de pé que incomodava muito. O acesso difícil a água não era o único motivo de não se tomar banho, prova disso, era D. João VI que não era muito simpatizante ao banho, e que só o fazia no mar para curar uma "pereba" que ele tinha na perna. As partes íntimas, principalmente as femininas, não podiam ser propriamente lavadas. Isso acontecia porque o cheiro da mulher era considerado um ato de erotismo, fazendo parte do ato sexual, como uma preliminar. Por isso era preciso que houvesse um certo equilíbrio entre os cheiros.
O QUE ERA O PAPEL HIGIÊNICO DA ÉPOCA?
Na época do Brasil colonial as pessoas utilizavam palha de milho e folhas de bananeira.
TIRAR PIOLHOS ERA UM "PASSATEMPO" FAMILIAR
Outra praga comum era o piolho, porém, o que mais chamava a atenção era que catar piolhos era um passatempo. Há várias gravuras e narrativas de viajantes em que mostram os homens com a cabeça no joelho das mulheres catando seus piolhos. Os estrangeiros ficavam estarrecidos com essa prática, pois reuniam alegremente as pessoas sempre embaixo de uma sombra, depois do almoço com as senhoras catando vagarosamente o cabelo de seus maridos e ouvindo os estalos do piolhos mortos, como se fosse uma espécie de passatempo agradável.
Outra coisa comum no Brasil daquela época, eram os "maus modos" que eram relatados principalmente pelos ingleses que vinham até o Brasil, o qual diziam em seus relatos que os brasileiros comiam com muita avidez e com os cotovelos a mesa.
O exemplo desses maus hábitos também vinha de cima. Segue abaixo a narrativa de um cadete de cavalaria inglês, contrato como mercenário para trabalhar no quartel da Praia Vermelha (RJ) pelo Imperador D. Pedro I:
"Ao romper o dia, chegaram a cavalo D. Pedro e sua esposa acompanhados de camaristas e generais. Não há talvez no mundo soldando tão entendido como o Imperador no manejo prático do exercício da espingarda. Mas de resto, seus modos são grosseiros, falta de sentimento das conveniências. Pois o vi uma vez trepar ao muro da fortaleza, de cócoras, para satisfazer uma necessidade natural. E nesta atitude altamente indecorosa assistiu o desfile do batalhão em continência. Tal espetáculo deixou atônitos os soldados alemães, mas o imperial ator conservou inalterável a sua calma."
Fontes: Fatos curiosos da história, Gazeta do Povo,
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