O Slayer é um dos nomes mais emblemáticos da história do heavy metal. Formado em 1981 na Califórnia, EUA, o grupo é considerado parte do "Big Four" do thrash metal, ao lado de Metallica, Megadeth e Anthrax. Com uma sonoridade agressiva, letras polêmicas e presença de palco intensa, o Slayer deixou um legado profundo e duradouro na música pesada.
Origens e Primeiros Passos
O Slayer foi fundado pelos guitarristas Kerry King e Jeff Hanneman, que tinham em comum o gosto por bandas como Iron Maiden, Judas Priest e especialmente pelo punk e metal mais extremos da época. Com a adição do baterista Dave Lombardo e do vocalista/baixista Tom Araya, a formação clássica estava completa.
O primeiro álbum da banda, Show No Mercy (1983), foi lançado de forma independente. Com produção modesta, mas muita atitude, o disco chamou atenção pela velocidade das músicas, riffs cortantes e temática sombria. A partir daí, o Slayer começou a ganhar respeito no underground do metal.
Discografia Completa
Ao longo de sua carreira, o Slayer lançou 12 álbuns de estúdio, sendo eles:
Show No Mercy (1983)
Hell Awaits (1985)
Reign in Blood (1986)
South of Heaven (1988)
Seasons in the Abyss (1990)
Divine Intervention (1994)
Undisputed Attitude (1996) – álbum de covers punk/hardcore
Diabolus in Musica (1998)
God Hates Us All (2001)
Christ Illusion (2006)
World Painted Blood (2009)
Repentless (2015)
Além dos álbuns de estúdio, a banda lançou vários EPs, discos ao vivo e coletâneas, consolidando sua presença ao longo de quase quatro décadas.
Maiores Sucessos
O Slayer tem uma série de músicas que se tornaram hinos do thrash metal. Entre os maiores sucessos da banda, destacam-se:
Angel of Death – Uma das músicas mais icônicas, do álbum Reign in Blood (1986), com riffs brutais e letra polêmica sobre Josef Mengele.
Raining Blood – Também do Reign in Blood, é talvez a faixa mais reconhecida da banda, com uma introdução lendária e explosiva.
South of Heaven – Faixa-título do álbum de 1988, com uma pegada mais lenta e climática, marcando uma nova fase sonora do grupo.
Seasons in the Abyss – Mistura da velocidade antiga com arranjos mais melódicos, um clássico absoluto.
Dead Skin Mask – Canção inspirada no assassino em série Ed Gein, com clima sombrio e refrão marcante.
War Ensemble – Do álbum Seasons in the Abyss, tornou-se favorita dos fãs pela energia agressiva.
Disciple – Do álbum God Hates Us All, famosa pela frase explosiva “God hates us all!”.
Repentless – Faixa que dá nome ao último álbum, mostrando que a banda manteve sua ferocidade até o fim.
Consolidação e Evolução
Nos anos seguintes ao sucesso de Reign in Blood, o Slayer manteve uma sequência sólida de lançamentos. South of Heaven (1988) e Seasons in the Abyss (1990) mostraram uma banda mais madura, experimentando com tempos mais lentos e maior complexidade sem perder a agressividade. Nesse período, o Slayer já era uma referência mundial do metal extremo, com turnês lotadas e grande influência sobre novas gerações.
A década de 1990 trouxe desafios. Com a explosão do grunge e mudanças na indústria musical, o metal tradicional perdeu espaço. Ainda assim, o Slayer continuou relevante, lançando álbuns como Divine Intervention (1994) e Diabolus in Musica (1998), este último com influências do nu-metal, mas mantendo a identidade da banda.
Perdas, Polêmicas e Persistência
Nos anos 2000, a banda retomou uma sonoridade mais clássica com God Hates Us All (2001) e Christ Illusion (2006), este último marcando o retorno de Dave Lombardo à bateria. O Slayer continuava poderoso, mas enfrentou um dos momentos mais difíceis de sua história com a morte de Jeff Hanneman em 2013, vítima de cirrose hepática.
Hanneman, responsável por muitos dos riffs e letras mais marcantes do Slayer, foi substituído por Gary Holt, guitarrista do Exodus, que passou a integrar a banda nas turnês e gravações. Mesmo com a perda, o Slayer lançou Repentless (2015), seu último álbum de estúdio, recebendo críticas positivas e mostrando que a banda ainda tinha energia de sobra.
Despedida e Legado
Em 2018, o Slayer anunciou sua turnê de despedida, encerrando oficialmente as atividades da banda em 2019. O último show foi realizado em Los Angeles, selando uma carreira de quase quatro décadas com uma apresentação intensa e emocional.
O legado do Slayer vai muito além dos álbuns e turnês. A banda influenciou incontáveis grupos de metal, do thrash ao death metal, e consolidou-se como um símbolo de rebeldia, agressividade e autenticidade musical. Com sua abordagem crua, sem concessões e brutalmente honesta, o Slayer se eternizou como uma das maiores lendas do metal mundial.
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