AW-609685338 FORSALE : punk rock
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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

RPM: A HISTÓRIA DA BANDA QUE REVOLUCIONOU O ROCK BRASILEIRO.











No meio da explosão do rock brasileiro dos anos 80, uma banda surgiu com cara de novidade, som diferente e uma energia que ninguém estava esperando. Era o RPM — Revoluções por Minuto — e, por um tempo, eles foram os donos do palco, das rádios e das capas de revista. Mas, como toda boa história de banda de rock, o sucesso veio com brigas, polêmicas, idas e vindas.

















Tudo começou quando Paulo Ricardo, que era crítico musical e morava na Europa, voltou pro Brasil com a ideia de montar uma banda que misturasse letras em português com um som moderno, cheio de sintetizadores. Foi aí que ele conheceu Luiz Schiavon, um tecladista de formação clássica que adorava música eletrônica. Eles se deram super bem, começaram a compor juntos e logo estavam recrutando outros músicos: o guitarrista Fernando Deluqui e o baterista P.A. Pagni (ou simplesmente P.A., como ficou conhecido).











Antes mesmo de lançar um álbum, o RPM já estava chamando atenção com faixas como “Louras Geladas” e “Revoluções por Minuto”, essa última até foi censurada no começo por causa de uma referência a drogas. Mas a música estourou do mesmo jeito, e logo eles estavam assinando com a gravadora CBS. O som era diferente do que se ouvia na época: uma mistura de rock com teclados modernos, letras provocativas e uma vibe meio futurista.

Em 1986, veio o maior estouro da carreira: o disco “Rádio Pirata ao Vivo”, produzido por ninguém menos que Ney Matogrosso. Gravado num show em São Paulo, o álbum vendeu mais de 3 milhões de cópias. Isso mesmo — três milhões. Foi o auge do RPM, que virou sensação nacional, com fãs enlouquecidos e uma agenda de shows lotada. Eles praticamente redefiniram o que era ser uma banda de rock no Brasil.














Só que, como muita gente sabe, manter uma banda unida quando o sucesso explode é complicado. Em 1988, o grupo lançou um novo álbum, com um som mais experimental, chamado “Quatro Coiotes”. Apesar de elogiado pela crítica, o público não comprou a ideia, e as vendas despencaram. Começaram as brigas internas, especialmente entre Paulo Ricardo e Schiavon. Ego, direção artística, dinheiro... o pacote completo. Em 1989, a banda se separou pela primeira vez.












Depois disso, vieram algumas tentativas de retorno. Em 2001, rolou um revival com direito a especial da MTV e novo disco ao vivo. Em 2011, eles lançaram o álbum “Elektra”, até indicado ao Grammy Latino. Mas em 2017, Paulo Ricardo saiu de vez da banda, alegando divergências com os outros integrantes.











Uma das maiores perdas veio em 2023, quando Luiz Schiavon faleceu, vítima de uma doença autoimune. Com sua morte, o RPM praticamente encerrou um ciclo, deixando para trás uma história marcante — cheia de altos e baixos — mas que ninguém esquece.


Além das músicas e dos discos, o RPM ficou conhecido pelas polêmicas. Brigas públicas entre os integrantes, processos sobre o uso do nome da banda, letras com críticas sociais e políticas, como a famosa “Alvorada Voraz”, que citava escândalos da política brasileira — tudo isso fez parte do pacote. Eles eram ousados, modernos e tinham algo a dizer.






Mesmo com todos os conflitos, o RPM marcou época. Foram pioneiros ao misturar rock com sintetizadores, trouxeram uma nova estética pros palcos, e suas letras ainda dizem muito até hoje. Se você escutar “Olhar 43” em qualquer balada dos anos 80, vai ver que ninguém esqueceu. RPM foi muito mais que uma banda: foi um fenômeno, uma revolução em alta rotação.

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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

RATOS DE PORÃO: ONDE TUDO COMEÇOU.











Bem-vindos à trajetória tumultuada e sonora do Ratos de Porão, uma das bandas mais influentes e controversas do punk e hardcore brasileiro. Desde sua formação no início dos anos 80 em São Paulo, o Ratos de Porão desafiou fronteiras musicais e sociais, deixando uma marca indelével na cena punk nacional e internacional.


Os Primórdios:

O Ratos de Porão surgiu em 1981, liderado pelo carismático João Gordo nos vocais. Inicialmente, a banda misturava punk e hardcore, absorvendo influências de grupos como Ramones e Sex Pistols. Em seus primeiros anos, a banda lançou álbuns independentes que capturavam a crueza e a urgência do movimento punk.













Explosão Hardcore:

Os anos 80 foram marcados por uma explosão do punk/hardcore no Brasil, e o Ratos de Porão estava na vanguarda desse movimento. O álbum "Crucificados Pelo Sistema" (1984) é frequentemente citado como um marco crucial, solidificando a reputação da banda como uma força a ser reconhecida no cenário underground.
















Evolução Sonora e Controvérsias:

Ao longo dos anos, o Ratos de Porão expandiu suas fronteiras sonoras, incorporando elementos de metal e thrash em sua música. Isso culminou no álbum "Brasil" (1989), uma obra-prima que misturava agressividade punk com nuances metálicas. A banda, no entanto, também atraiu controvérsias por suas letras explícitas e críticas sociais afiadas.





























Reconhecimento Internacional:

Com o álbum "Anarkophobia" (1991), o Ratos de Porão começou a atrair atenção internacional. Suas turnês fora do Brasil consolidaram sua reputação como uma banda incendiária e politicamente carregada. A tradição de letras provocativas e músicas intensas continuou, ampliando sua base de fãs em todo o mundo.














Desafios e Mudanças na Formação:

Ao longo das décadas, o Ratos de Porão enfrentou desafios, incluindo mudanças na formação e pressões da indústria musical. Ainda assim, a banda perseverou, lançando álbuns notáveis como "Carniceria Tropical" (1999) e "Século Sinistro" (2014), que mantiveram a chama do punk acesa.




























Legado Duradouro:

O Ratos de Porão é muito mais do que uma banda; é uma instituição na história da música brasileira. Seu legado está entrelaçado com a resistência, a crítica social e a celebração da atitude punk. A influência da banda é evidente em gerações subsequentes de músicos que encontraram inspiração em sua abordagem autêntica e intransigente.



Ao longo de mais de quatro décadas, o Ratos de Porão provou que o punk não é apenas um gênero musical, mas um modo de vida. Com suas letras incisivas, músicas frenéticas e atitude inabalável, a banda transcendeu fronteiras geográficas e temporais. O Ratos de Porão é um lembrete estrondoso de que a música pode ser uma força transformadora e um veículo para expressar as vozes marginalizadas. Enquanto seus acordes ressoam, o legado do Ratos de Porão ecoará no coração do punk brasileiro e além.









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