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terça-feira, 26 de agosto de 2025

BRASILEIRO NUNCA DESISTE?










Existe uma mentira tão bem contada que já virou quase religião: “O brasileiro nunca desiste.” Que fofo, né? Parece coisa de comercial da Caixa Econômica, com trilha emocionante e criança correndo descalça atrás de uma pipa furada. Mas a realidade é outra: o brasileiro desiste de tudo. E o pior — desiste com gosto.











A gente é tão especialista em desistir que deveria exportar isso. O Japão exporta tecnologia, a França exporta vinho e o Brasil exportaria… desistência. Seria nosso produto mais autêntico, embalado com sorriso no rosto e carimbo de “ordem e progresso” só pra enganar trouxa.


Quer ver onde a gente abre mão com a maior naturalidade?














Educação: aqui já desistimos no tutorial do jogo. O aluno larga a escola porque “não vale a pena”, os pais aceitam porque “não tem jeito” e o governo finge que está tudo bem, porque afinal é menos gente enchendo o saco pedindo universidade depois. Resultado: mais uma geração que desistiu antes mesmo de tentar soletrar “oportunidade”.


















Política: somos gênios nisso. O brasileiro repete, com a boca cheia de churrasco e cerveja quente: “político é tudo igual”. Traduzindo: desisti de pensar. Aí vota no mesmo pilantra de sempre, só pra reclamar com ainda mais autoridade no bar da esquina. O brasileiro não só desistiu da política, como desistiu de ter vergonha na cara.











Saúde: fila do hospital? Normal. Esperar 14 horas sentado numa cadeira dura? Normal. Ser tratado como gado? Normalíssimo. E todo mundo aceita como quem aceita mau tempo: “fazer o quê?”. O brasileiro já desistiu de exigir o mínimo, e virou cliente fiel do caos.











Sonhos: aqui a desistência atinge nível olímpico. O cara tem talento, mas prefere guardar pra si porque “no Brasil não dá futuro”. A menina escreve bem, mas nunca mostra nada porque “ninguém vai ligar”. Somos um país inteiro de gênios aposentados antes da estreia.












Justiça social: desigualdade pornográfica, corrupção em escala industrial, violência de sobra. E a reação nacional? Um coro uníssono: “ah, Deus tá vendo.” Parabéns, você desistiu até de resolver na Terra e terceirizou a luta pro além.

















A real é que o brasileiro não é resiliente, é conformado. Aguenta tudo calado, como quem acha bonito ser saco de pancada. A gente chama isso de “força”, mas na prática é só desistência com glitter.

No fundo, a frase correta não é “o brasileiro nunca desiste”. O bordão certo, honesto, nu e cru seria outro:

“O brasileiro nunca desiste… de desistir.”

Mas calma, não é pra ficar triste. Afinal, desistir também cansa. E, cá entre nós, se der muito trabalho mudar, a gente sempre pode… desistir de novo.

Leia também: GOLPES MAIS COMUNS EM TURISTAS ESTRANGEIROS NO BRASIL

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

GRUPO SÉRGIO, ANSCENSÃO E QUEDA












Imagine São Paulo nos anos 1970: fast-foods ainda eram novidade, a cidade fervilhava com jovens buscando diversão acessível e famílias aproveitando bons momentos juntas. Nesse cenário surgiu uma ideia simples, mas genial — e com um toque ousado: pagar apenas um terço do valor de uma pizza e comer à vontade, quantas fatias aguentasse. Era o princípio do revolucionário rodízio de pizzas. A mente por trás dessa proposta foi Sérgio Ricardo Della Crocci, empresário que inaugurou a primeira unidade no bairro do Pari, em 1976, batizando seu negócio com seu próprio nome 

O sucesso foi instantâneo. Em apenas dois anos, o “Grupo Sérgio” já contava com cinco unidades espalhadas por São Paulo. As filas viraram rotina e a rede chegou a atender 15 mil clientes por semana, consumindo 3,5 toneladas de massa e 25 toneladas de mussarela em cada uma das unidades 

Algumas dessas pizzarias eram verdadeiros “transatlânticos culinários”: enormes salões que acomodavam até mil pessoas — como a que funcionava próxima à estação Belém, na Radial Leste. Sábados à noite eram disputados, cenas de grupos apostando quem comia mais fatias eram comuns. O que realmente fazia sucesso não era tanto a sofisticação da pizza — que era simples, massa fina, coberturas básicas — mas o clima de festa, o riso rolando solto, aquela sensação de liberdade e fartura.


 










Por mais de dez anos, o Grupo Sérgio reinou absoluto no circuito de fast-food paulistano. Mas tudo que é novo, com o tempo, perde seu brilho. A partir da metade dos anos 1980, começou a surgir forte concorrência: grandes redes de fast-food chegaram com investimento pesado, marketing moderno e um visual mais padronizado — e foi então que o público começou a se dispersar 

Em uma tentativa de sobrevivência, o Grupo Sérgio incorporou bufês ao modelo, tentando se adaptar aos novos hábitos de consumo. Mas a reinvenção não foi suficiente. A rede não resistiu ao final da década de 1990 e fechou todas as portas definitivamente 

Dizem muitos que a rede teve até 20 pizzarias na cidade, espalhadas por bairros como Belenzinho e Praça da República, e que seu cardápio ia além da pizza, incluindo esfihas, quibes e outras delícias da culinária árabe — sem dúvida, antecipando tendências e influências que hoje vemos em redes como o Habib’s.














Alguns chegaram a especular que várias unidades do Grupo Sérgio foram incorporadas por redes que surgiram depois, como o Habib’s, ou transformadas em casas da Esfiha Chic — mas isso parte mais de boato nostálgico do que de confirmação oficial 

O Grupo Sérgio deixou para trás muito mais do que um sabor específico. Ele foi o pioneiro do rodízio de pizzas como experiência de consumo — uma marca registrada no imaginário dos paulistanos daquele tempo. Mesmo com pizzas simples, transformou refeições em festa, fez da comida acessível um convite ao convívio e à diversão.

Sua queda, lenta, acompanhou outras transformações do mercado: mudança nos hábitos, surgimento de redes mais modernas, novos formatos de entretenimento e consumo. Fechou as portas, mas não o coração das lembranças. 

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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

4 PROFISSÕES DE NÍVEL TÉCNICO MAIS PROCURADAS NO MERCADO ATUAL (AGOSTO/2025)

















O mercado de trabalho brasileiro oferece diversas oportunidades para profissionais de nível técnico, que desempenham funções essenciais em setores estratégicos como saúde, segurança, logística e construção civil. Essas profissões, além de demandarem conhecimento especializado, são fundamentais para o bom funcionamento de empresas, instituições e obras em todo o país. Cada área apresenta suas próprias particularidades, exigências e possibilidades de crescimento, e a remuneração pode variar de acordo com a região, experiência e benefícios adicionais previstos por lei ou por acordos coletivos, como adicionais de insalubridade, periculosidade e bônus por produtividade. Neste texto, exploraremos de forma aprofundada as funções, responsabilidades, médias salariais e perspectivas de carreira de quatro profissões técnicas muito demandadas no Brasil: Técnico em Enfermagem, Técnico em Segurança do Trabalho, Técnico em Logística e Técnico em Edificações.














1. Técnico em Enfermagem

Formação e Atribuições

Exige curso técnico de aproximadamente 2 anos, reconhecido pelo MEC, e registro no COREN para atuar legalmente.

Atua sob supervisão de enfermeiros na assistência direta ao paciente: administração de medicamentos, curativos, coletas, higiene, primeiros socorros e monitoramento. O foco é a assistência especializada, não o diagnóstico médico 

Média Salarial (2025)

Salário médio nacional: R$ 2.443,77/mês para jornada de 38h semanais, com piso de R$ 2.377,03 e teto de R$ 4.170,03. Há grande variação por estado: Maior teto por estado: São Paulo (R$ 3.680,79), Santa Catarina (R$ 3.338,35) 

Média de mercado (Vagas.com): R$ 1.822,00 — pode refletir perfis autônomos ou diferentes fontes 

Destaques Regionais

Estados como Bahia, Pernambuco e Maranhão têm salários médios abaixo de R$ 1.500, enquanto São Paulo, Distrito Federal e Santa Catarina se aproximam ou superam R$ 2.000 











2. Técnico em Segurança do Trabalho

Formação e Atribuições:

Exige curso técnico de pelo menos 1.200 horas, reconhecido pelo MEC, e registro no SIRPWEB.

Atua na identificação e prevenção de riscos ocupacionais (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos), elaboração de pareceres, inspeções, participação em SIPAT, CIPAA, investigação de acidentes, mapeamento de riscos, treinamento e relatórios à gestão.

Média Salarial (2025)

Salário médio nacional: R$ 3.747,72/mês para jornada de 43h, com piso de R$ 3.645,37 e teto de R$ 6.386,97 

Dados por nível e porte de empresa (São Paulo):

Nível I (até 4 anos): R$ 3.874,24;

Nível II (4–6 anos): R$ 5.171,76;

Nível III (acima de 6 anos): R$ 6.686,42. Em grandes empresas, o teto chega a R$ 7.972,95 

Faixa inicial entre R$ 2.500 e R$ 3.500, chegando a mais de R$ 6.000 com experiência ou em setores como indústria, construção, petroquímica ou saúde 

Relato de profissionais (em redes sociais) indicam salário-base de R$ 3.424,55, com adicionais, resultando em R$ 4.809,20 líquido 

Dados do Glassdoor estimam média salarial nacional em R$ 4.133, variando entre R$ 3.200 e R$ 5.380 












3. Técnico em Logística (Analista de Logística – Nível Médio)

Formação e Atribuições:

Curso técnico na área (nível médio) reconhecido pelo MEC.

Atua no planejamento, controle e execução da cadeia logística: recebimento, armazenagem, distribuição, transporte, controle de estoques, indicadores, documentação e uso de sistemas ERP ou similares 

Média Salarial (2025)

Salário médio nacional: R$ 2.113,38/mês (43h semanais), com piso de R$ 2.055,66 e teto de R$ 3.366,80 

Dados por nível em SP:

Nível I (até 4 anos): R$ 1.840,51;

Nível II (4–6 anos): R$ 2.456,26;

Nível III (acima de 6 anos): R$ 3.174,03. Em grandes empresas, profissionais experientes podem chegar a R$ 3.796,10 















4. Técnico em Edificações

Formação e Atribuições:

Curso técnico (nível médio), com base legal (Lei nº 5.524/1968 e Decreto nº 90.922/1985). Atua elaborando desenhos técnicos, orçamentos físicos e financeiros, cronogramas, dimensionamento de equipes, detalhamento estrutural, ensaios em campo e controle de qualidade em obras.

Média Salarial (2025)

Salário médio nacional: R$ 3.492,94/mês (43h), com piso de R$ 3.397,54 e teto de R$ 6.596,31.

Dados do mercado (Glassdoor): Faixa comum entre R$ 3.000–4.000/mês; salários variam conforme região e portfólio profissional. 


Exemplos de remuneração anual reportados por usuários:

R$ 50 mil/ano (~R$ 4.167/mês) em Macaé;

R$ 55 mil (~R$ 4.583/mês) em São Paulo para 10–14 anos de experiência 


Cada uma dessas profissões técnicas tem demandas específicas e oportunidades distintas:

Enfermagem: essencial na área da saúde. Piso legal elevado (R$ 3.325) mas média salarial CLT menor, indicando variação por localidade e carga horária.

Segurança do Trabalho: com bom retorno salarial, especialmente com experiência, especializações ou em setores regulados.

Logística: boa porta de entrada com potencial de crescimento conforme experiência em grandes corporações.

Edificações: remuneração sólida e potencial de projeção salarial com prática e atuação em regiões de mercado mais aquecido.













1. Salários por Cidade ou Estado

São Paulo: Capital x Interior

Média salarial em São Paulo (capital):

Segundo o Indeed, técnico de enfermagem ganha R$ 3.042/mês, acima da média nacional (atualizado em julho de 2025). 

Glassdoor indica que o salário base está entre R$ 3.000 e R$ 4.000, com remuneração total (incluindo adicionais) estimada em cerca de R$ 3.450. Outra fonte do Glassdoor aponta média próxima de R$ 2.900, com dados até dezembro de 2024. 


Interior de São Paulo:

Cidades como Santo André registram média salarial de R$ 3.379/mês, enquanto Campinas está em torno de R$ 2.537, São José dos Campos R$ 2.365 

Salarios.com (SP): piso R$ 2.775, média R$ 2.853, mediana R$ 2.746 e teto salarial R$ 4.573 .Portal Salario.






















Outras Regiões do Brasil

Salarios.com (nacional) mostra média em SP de R$ 2.436, em comparação com RJ (R$ 1.839), MG (R$ 1.677) e Nordeste abaixo dos R$ 1.500 

Quero Bolsa destaca médias mais elevadas em especialidades, como Técnico em Enfermagem do Trabalho (R$ 5.513), psiquiátrica (R$ 5.089), UTI (R$ 3.766) 

Capital SP: R$ 2.900–4.000 (base)

Interior SP: R$ 2.500–3.400

Outros Estados: RS e DF acima; Nordeste/MG mais baixo.


2. Benefícios Adicionais

Insalubridade e Adicional Noturno. O adicional de insalubridade pode alcançar até 40% do salário base, dependendo da exposição a riscos biológicos, como em hospitais e centros cirúrgicos. 

O trabalho noturno (22h–5h) tem adicional de 20% a 35% sobre a hora trabalhada 

Exemplo concreto: técnicos de enfermagem em hospital universitário em Porto Alegre têm direito a insalubridade em grau máximo, reconhecido judicialmente.














Outros Benefícios

Vale-transporte, vale-alimentação e plano de saúde são comuns em muitas instituições, especialmente no setor privado.

No setor público, adicionais como insalubridade, quinquênios, gratificação por formação etc., podem gerar rendimentos significativamente maiores.

Em um caso no Reddit, um agente comunitário de saúde (cargo semelhante) recebeu além do salário base R$ 5.081 em insalubridade, gratificações e quinquênio, resultando em salário efetivo de R$ 4.476 + R$ 975 em cartão alimentação 


Setor Público x Privado

Um comentário no Reddit destaca a discrepância:

"Concursos valem muito mais que redes privadas – minha mãe, técnica em enfermagem concursada, ganha R$ 4.500; no particular, R$ 1.800." 











3. Perspectivas de Carreira e Especializações Técnicas

Setores Valorizados

Área de Saúde Trabalhista, UTI, Psiquiatria, Estratégia de Saúde da Família são altamente valorizadas, com ganhos médios acima de R$ 5 mil 

Especializações podem acelerar a valorização salarial e abrir caminhos em hospitais privados e institutos especializados.


Transição para Graduação

Muitos técnicos utilizam o diploma como porta de entrada para a graduação; há relatos de elevada empregabilidade entre recém-formados . "Consegue emprego fácil, especialmente se fizer especialização depois... vagas para técnico têm e sobra." 


Outros Caminhos de Crescimento

CONCURSOS PÚBLICOS oferecem estabilidade e remuneração superior, como visto em cidades do Nordeste e capital do Recife com salários de até R$ 8 mil. Especializações técnicas contínuas podem abrir portas em áreas como instrumentação cirúrgica, saúde do trabalhador, enfermagem psiquiátrica e UTI.

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