Alguns prefeitos deixaram legados de progresso, mas outros... deixaram o paulistano com saudade do que não foi feito. Nesta lista, sem papas na língua, reunimos os 10 piores prefeitos de São Paulo, levando em conta escândalos, má gestão, promessas não cumpridas e saídas desastrosas.
1. Paulo Maluf (1993–1996) — Partido Progressista (PP)
Maluf é sinônimo de obras faraônicas e escândalos bilionários. Apesar de ter deixado construções emblemáticas, como avenidas e túneis, sua gestão foi marcada por denúncias de corrupção e superfaturamento. O bordão “rouba, mas faz” virou símbolo de uma era em que o cidadão se acostumou com o desvio de dinheiro público.
Observação: Paulo Maluf tinha tudo para não aparecer nesta lista, pois ele era um visionário, fez muitas obras importantes, como por exemplo o piscinão do Pacaembú, que acabou com o problema de enchentes que havia na região, dentre muitas outras obras importantes. Ele trouxe evolução para São Paulo, mas infelizmente, tudo que ele fazia para São Paulo, sempre havia denúncias de maracutais, superfaturamento nas obras e corrupção
2. Ademar de Barros (1957–1961) — Partido Social Progressista (PSP)
Um dos prefeitos mais controversos da história. Ademar é lembrado pela frase “rouba, mas faz” — símbolo de um tempo em que corrupção era vista como “parte do jogo”. Fez obras importantes, mas o custo para os cofres públicos e a ética administrativa foi altíssimo.
3. Celso Pitta (1997–2000) — Partido Progressista Brasileiro (PPB)
Sucessor e pupilo político de Maluf, Pitta afundou a cidade em crises financeiras e denúncias de corrupção. Sua administração ficou marcada por má gestão de contratos, escândalos na merenda e obras abandonadas. Terminou o mandato com a popularidade despencando e a cidade em colapso administrativo.
Celso Pitta foi prefeito de São Paulo de 1 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000. Durante a sua gestão, ele foi brevemente afastado do cargo por 18 dias em maio de 2000, mas retornou após uma reversão da decisão judicial.
Curiosidades: Paulo Maluf foi "padrinho político" de Celso Pitta, e ele usava como bordão nas propagandas eleitorais a frase: "Se o Pitta não for um bom Prefeito, nunca mais votem em mim!" Celso Pitta não foi um bom prefeito e após isso, começou a decadência política de Paulo Maluf.
4. João Doria (2017–2018) — Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)
Prometeu ser o gestor “não político”, mas acabou se tornando o oposto. Abandonou o cargo em apenas um ano e três meses para concorrer ao governo do Estado, deixando a cidade sem continuidade. Apesar de avanços pontuais em zeladoria, a percepção foi de que Doria usou São Paulo como trampolim político — o que irritou boa parte do eleitorado.
5. José Serra (2005–2006) — Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)
Serra até começou bem, com foco em transporte e saúde, mas abandonou o cargo em apenas 15 meses para disputar o governo estadual. Sua saída precoce deixou a cidade sem continuidade e reforçou a percepção de que a prefeitura era apenas um trampolim político para ambições maiores.
6. Fernando Haddad (2013–2016) — Partido dos Trabalhadores (PT)
Autoritário e soberbo, Haddad tentou aplicar políticas urbanas modernas, como ciclovias e corredores de ônibus, mas pecou na execução. O paulistano viu faixas mal planejadas, congestionamentos e uma cidade desorganizada. O que marcou na sua gestão foi o aumento da passagem do ônibus, que gerou revolta, resultando em manifestações populares todo final de tarde, causando o caos, mas mesmo assim, ele não queria voltar atrás, mas através da intervenção de Geraldo Alckmin, governador de SP na época, o valor da passagem voltou ao antigo valor. Outra atitude polêmica, foi diminuir a velocidade de todas as vias Marginais para 50 KM. Sua gestão também enfrentou a pior crise econômica desde os anos 80, o que minou o apoio popular.
7. Luiza Erundina (1989–1992) — Partido dos Trabalhadores (PT)
Primeira mulher a comandar São Paulo, Erundina teve coragem, mas faltaram condições. Com um Congresso hostil e orçamento apertado, seus projetos sociais esbarraram em má gestão e conflitos políticos. Foi um governo de boas intenções que não virou resultados práticos.
8. Jânio Quadros (1986–1988) — Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
O mesmo político excêntrico que renunciou à Presidência do Brasil voltou à prefeitura com promessas de moralizar o poder. No entanto, seu governo foi marcado por improvisos, decisões confusas e brigas com a imprensa. O populismo teatral de Jânio funcionava em palanque, mas não na gestão cotidiana da cidade.
9. Gilberto Kassab (2009–2012) — Democratas (DEM), depois Partido Social Democrático (PSD)
Kassab assumiu após Serra e tentou dar continuidade ao projeto tucano. Conseguiu avanços em limpeza urbana e zeladoria, mas enfrentou críticas por falta de planejamento de longo prazo e lentidão em obras estruturais. No fim, São Paulo parecia parada no tempo — sem caos, mas também sem progresso.
10. Mário Covas (1983–1985) — Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
Covas é respeitado pela trajetória política, mas sua gestão municipal enfrentou forte crise econômica e dificuldades de articulação política. As grandes promessas de transformação urbana não saíram do papel, e o paulistano ficou com a sensação de estagnação.
Escolher os piores prefeitos de São Paulo é tarefa polêmica — afinal, cada época teve seus próprios desafios. Mas há um padrão claro: gestões marcadas por escândalos, descuido com o dinheiro público, promessas não cumpridas e mandatos interrompidos.
São Paulo é gigante demais para experimentos e projetos pessoais. Quando um prefeito falha, quem paga o preço é o cidadão — preso no trânsito, sem segurança, sem moradia e sem esperança de que a cidade volte a funcionar como deveria.
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