O nome “cachorro-quente” tem origem na expressão em inglês “hot dog”, e a história é realmente curiosa! Nos Estados Unidos, no final do século 19, vendedores ambulantes começaram a vender salsichas no pão, geralmente acompanhadas de mostarda, ketchup, picles ou chucrute. Eram lanches rápidos, baratos e ideais para operários e frequentadores de eventos esportivos, especialmente no beisebol.
As salsichas usadas muitas vezes eram chamadas de “dachshund sausages”, por lembrarem os cachorros da raça dachshund — corpo comprido e fino, como a salsicha. O apelido pegou entre os clientes e, com o tempo, o lanche ganhou o nome informal de “hot dog”, sugerindo, de forma bem-humorada, que você estaria comendo um "cachorro quente".
Diz a lenda que um cartunista em um jogo de beisebol, em 1901, ao ver os vendedores gritando "Get your dachshund sausages!", desenhou um cachorro dentro de um pão. Sem saber como escrever “dachshund”, ele colocou só “hot dog”. O nome pegou, e o lanche virou ícone nacional nos EUA.
Quando o sanduíche chegou ao Brasil, provavelmente por influência da cultura americana no século 20 (especialmente após a Segunda Guerra Mundial), o nome hot dog foi traduzido literalmente para cachorro-quente. Apesar de soar estranho para quem ouve pela primeira vez, a expressão virou sinônimo do pão com salsicha por aqui.
Hoje, o cachorro-quente é um lanche popular em diversas versões regionais no Brasil. Em São Paulo, é mais simples: pão, salsicha e molho. Já em outros estados, como Goiás ou Pará, pode levar purê de batata, milho, ervilha, batata palha, vinagrete e até ovo de codorna! É uma refeição completa, que vai muito além de um simples fast-food.
O cachorro-quente é um ótimo exemplo de como a cultura se adapta e evolui, misturando influências estrangeiras com toques bem brasileiros. E, claro, mesmo com esse nome inusitado, ele continua sendo amado por adultos e crianças em todo o país.