A Empresa de Correios e Telégrafos já foi sinônimo de eficiência, isso mesmo, já foi, pois atualmente sobram reclamações devido a ineficiência do serviço prestado, mas o que está acontecendo com essa empresa tradicional do Brasil que já foi uma das mais confiáveis e eficientes prestadoras de serviço de entrega de correspondência do nosso País?
Antigamente os prazos de entregas de encomendas e correspondências eram curtíssimos, ao contrário de hoje, onde, para uma simples entrega dentro do Brasil, com remetente e destinatário localizados numa mesma capital, a entrega pode demorar até 30 dias. A alegação dos Correios é o aumento da violência em todo o País, e que devido a isso, as localizações consideradas como violentas aumentaram consideravelmente, e o mais curioso é que essas áreas consideradas violentas podem ser desde uma Comunidade à um Bairro Nobre. Segundo funcionários dos Correios, hoje o perigo não está somente nas favelas, mas também fora delas, e por causa disso o serviço de escolta contratado pelos Correios não está "vencendo" a grande demanda, fazendo com que os prazos demorados das entregas chegassem a patamares absurdos.
Mas será que a violência é o único fator e justificativa da queda da qualidade nesse serviço de tamanha importância? Provavelmente não, pois os serviços oferecidos pelos Correios cresceram, praticamente viraram Agências Bancárias, mas dá se a entender que a área de logística não acompanhou essas mudanças, somado com o monopólio e com os baixos salários dos Servidores que são verdadeiros guerreiros, o resultado é a queda da qualidade no atendimento.
Mas é correto transferir subliminarmente ao cliente a culpa pelo aumento da violência, punindo-o com a queda da qualidade do serviço, descumprindo as promessas feitas ao cliente, e praticamente, "quebrando" um contrato, pois o serviço oferecido não foi cumprido conforme o anunciado. Certamente a violência no Brasil já ultrapassou todos os limites, mas uma empresa de grande porte não pode prejudicar os seus clientes e funcionários, mas tem que buscar soluções coerentes que preservem a qualidade na prestação do serviço, e para que isso aconteça, tem que investir no servidor, oferecendo-lhes salários dignos ( salário não é abono), e criando métodos inteligentes que preservem a integridade física de cada funcionário.
O Cliente é quem sempre "paga o pato" .
Idéias lógicas e inovadoras são qualidades de um ótimo gestor, e isso é que realmente falta nos Correios.
A violência não é a única culpada, o grande exemplo disso é o Centro de recebimento de encomendas internacionais dos Correios que demoram quase 5 meses para verificar se a encomenda será ou não será tributada pela Receita Federal, isso é problema de uma logística competente, ou é problema da violência?
Quem nunca teve problemas com os Correios atirem a primeira pedra!
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