Da Redação
Um e-mail de Samir Assad enviado a Luis Eduardo Rocha Soares, então diretor do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, sugere que o senador tucano Álvaro Dias, hoje pré-candidato do Podemos ao Planalto com um discurso anticorrupção, teria pedido R$ 5 milhões para aliviar para Adir Assad na CPMI do Cachoeira.
A revelação foi da revista Veja.
Samir e Adir são irmãos e operavam esquema bilionário de lavagem de dinheiro para as empreiteiras.
Na mensagem original, de 20 de julho de 2012, Samir escreve a Luis:
A Andrade já aceitou contribuir com 30 mm para “cortar” o assunto. O problema é que não é suficiente… porque o Alicate (Álvaro Dias) ficou por nossa conta. Além de voces a UTC também está ajudando, porém para ele parar de bater no meu irmão nesse assunto ele pediu mais 5mm. Segue a planilha (Alicate) anexa. Veja como completar esta contribuição por favor. Abs, Samir Assad.
A crer na mensagem, a Andrade Gutierrez, a Odebrecht e a UTC estariam interessadas em abafar a CPMI do Cachoeira, criada em 2012 para investigar os negócios do bicheiro, num escândalo que resultou na cassação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), tido na época como um dos mosqueteiros da moralidade pública — segundo a revista Veja.
A CPMI foi a primeira a jogar luz nos negócios da Construtora Delta.