O movimento gótico no Brasil surgiu na década de 1980, fortemente influenciado pelo pós-punk europeu e pela estética sombria do romantismo. Inspirado por bandas como The Cure, Bauhaus, Siouxsie and the Banshees e Sisters of Mercy, o gótico brasileiro encontrou seu espaço na cena underground, principalmente em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Os góticos se identificavam por uma estética marcante: roupas predominantemente pretas, rendas, veludos, acessórios prateados e maquiagens pálidas com batons escuros. Mais do que um estilo visual, o gótico também era uma forma de expressão artística e filosófica, refletindo um gosto por temas como a melancolia, o mistério e o existencialismo.
O lazer da cena gótica incluía frequentar clubes e festas alternativas, como o icônico Madame Satã em São Paulo, que se tornou um ponto de encontro essencial para a comunidade. Além disso, muitos góticos apreciavam passeios por cemitérios históricos, onde encontravam inspiração estética e literária, influenciados por autores como Edgar Allan Poe, H.P. Lovecraft e Charles Baudelaire. O cinema também era parte fundamental da cultura, com filmes como "Nosferatu", "O Corvo" e "O Estranho Mundo de Jack" sendo referências populares.
Mesmo com o passar dos anos, o movimento gótico no Brasil continuou a evoluir e se transformar. Hoje, ele se mantém vivo por meio de eventos, festivais, comunidades online e novas vertentes musicais. Mais do que um estilo, o gótico segue como uma identidade cultural, unindo arte, moda e filosofia em uma expressão única e atemporal.
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