O QUE É DOENÇA CELÍACA?
A doença celíaca é causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodka e alguns doces, provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água.
O QUE ELA CAUSA?
A doença celíaca é uma condição crônica, autoimune, que afeta o intestino delgado de adultos e crianças geneticamente predispostos. A doença causa atrofia da mucosa do intestino, causando prejuízo na absorção dos nutrientes, sais minerais e água.
SINTOMAS
Os principais sintomas são: dor abdominal, diarréia, flatulência, distensão do abdômen, fraqueza, perda ou dificuldade para ganhar peso, queda frequente de cabelo, diminuição do apetite, lesões de pele, anemia, deficit de crescimento em crianças, infertilidade. Algumas pessoas com doença celíaca não apresentam sintomas ao diagnóstico.
DIAGNÓSTICOS E EXAMES
A doença só pode ser diagnosticada por meio de exames de sangue, pois os sintomas são muito variados e constantemente associados com outras doenças. Normalmente se manifesta em crianças com até um ano de idade, quando começam a ingerir alimentos que contenham glúten ou seus derivados. A demora no diagnóstico leva a deficiências no desenvolvimento da criança. Em alguns casos se manifesta somente na idade adulta, dependendo do grau de intolerância ao glúten, afetando homens e mulheres.
OS PRINCIPAIS EXAMES PARA DIAGNOSTICAR A DOENÇA CELÍACA SÃO:
Exames de sangue com dosagem de anticorpos específicos para a doença (ex: Antiendomísio e Antitransglutaminase), bióspia do intestino delgado realizada durante exame de endoscopia digestiva alta. Observa-se atrofia da mucosa do intestino e aumento no número de células inflamatórias (linfócitos) no intestino do paciente.
TRATAMENTOS E CUIDADOS
O principal tratamento é a dieta com total ausência de glúten; quando a proteína é excluída da alimentação os sintomas desaparecem. A maior dificuldade para os pacientes é conviver com as restrições impostas pelos novos hábitos alimentares. A doença celíaca não tem cura, por isso, a dieta deve ser seguida rigorosamente pelo resto da vida. É importante que os celíacos fiquem atentos à possibilidade de desenvolver câncer de intestino e a ter problemas de infertilidade.
DIETA SEM GLÚTEN
A maior dificuldade para os pacientes é conviver com as restrições impostas pelos novos hábitos alimentares. Os pacientes devem ser orientados quanto à contaminação cruzada na preparação ou produção de alimentos e, até mesmo, medicamentos. Nos primeiros meses do diagnóstico, deve-se, também, evitar ingestão concomitante de leite e derivados pela possibilidade de intolerância a lactose secundária.
CONVIVENDO
O prognóstico, em geral, é bom, principalmente para aqueles pacientes que fazem uma dieta com total restrição de glúten, pois a resposta ao tratamento dietético costuma ser muito boa.
COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS
As principais complicações são: anemia, infertilidade, osteoporose, deficit de crescimento, câncer do intestino delgado, deficiência de: ferro, vitamina D, vitamina B12, ácido fólico, zinco. Além das complicações citadas, os pacientes que não fazem corretamente a dieta, apresentam um risco maior de desenvolver outras doenças autoimunes concomitantes.
PREVENÇÃO
Como a doença tem uma base genética importante, em geral, não há medidas específicas de prevenção, além do aconselhamento genético em familiares portadores da doença.
A concordância da doença celíaca entre gêmeos monozigóticos é muito alta (cerca de 75%), enquanto a taxa de concordância entre irmãos não gêmeos é de 11%.
Diante dessa elevada prevalência, a maioria dos autores recomendam o rastreamento de familiares de primeiro grau de pacientes portadores de doença celíaca, mesmo se assintomáticos.
SAIBA MAIS
Intolerância ao glúten pede dieta restrita;
A avaliação de um nutricionista especializado pode ajudar no aprendizado de mudança dos hábitos alimentares.
É de grande importância, também, se habituar a ler e entender os rótulos dos alimentos.
É de grande importância, também, se habituar a ler e entender os rótulos dos alimentos.
É obrigatório por lei federal (Lei nº 10.674, de 16/05/2003) que todos os alimentos industrializados informem em seus rótulos a presença ou não de glúten para resguardar o direito à saúde dos portadores de doença celíaca.
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