Decisão foi anunciada por TV, mas palácio não confirma; protesto na avenida Paulista é reprimido pela Polícia Militar
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu suspender o projeto de reorganização do sistema de ensino público que resultará no fechamento de 93 escolas. A decisão foi tomada após 25 dias de protestos que envolveram a ocupação de cerca de 200 unidades por estudantes e movimentos sociais e manifestações de rua que terminaram em confronto com a Polícia Militar.
O Palácio dos Bandeirantes não confirmou oficialmente a decisão, anunciada no mesmo dia em que o Datafolha apontou que a popularidade do tucano atingiu o nível mais baixo da história. Uma entrevista coletiva foi convocada para as 13h desta sexta-feira (14).
De acordo com o governo, a reorganização prevê que cada unidade educacional atenda alunos de um único segmento: séries iniciais do ensino fundamental, séries finais e ensino médio, cada qual em prédio separado. Pela proposta, seriam fechadas 94 escolas, por não terem demanda de alunos, segundo a Secretaria Estadual de Educação.
O anúncio do plano desencadeou uma onda de ocupação de escolas por parte dos estudantes, que contaram com o apoio da Apeoesp, o sindicato dos professores de São Paulo. O governo a obter na Justiça autorização para a reintegração de posse - com o uso da PM, se necessário - de algumas unidades, mas as decisões foram revogadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Na quinta-feira (3), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Defensoria Pública de São Paulo foram à Justiça contra o projeto de reorganização escolar.
*Todos os créditos desta matéria para o site IG
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